Cazuza é, sem dúvida, um dos mais importantes artistas brasileiros do século XX. Apesar da brevidade de sua produção, concentrada na década de 1980, a obra do compositor se consolidou como parte fundamental da história da canção popular do país, pela potência de suas composições, de suas palavras e de sua voz.
Mesmo passadas quase três décadas de sua morte, Cazuza continua sendo lembrado, cantado, lido, celebrado, homenageado e pensado. Expressões como “o tempo não para” e “o poeta está vivo” (e suas variantes, inclusive o trocadilho “Viva Cazuza”) vem sendo frequentemente associadas a seu nome em títulos de espetáculos, eventos, filmes, reportagens e livros, em um contínuo trabalho de preservação de sua memória.
Em “Cazuza: Segredos de liquidificador”, Rafael Julião oferece uma cuidadosa e sensível leitura da obra de Cazuza, na medida em que traça uma visão panorâmica de sua vida e de sua produção e desenvolve a análise de aspectos marcantes de suas composições. Nesse percurso, o autor desenha o contexto do Rock brasileiro dos anos 1980 e revela o trabalho poético e os temas fundamentais do compositor, tais como o amor, a liberdade, o desbunde, a música, a poesia, o Rio de Janeiro, o Brasil, a ideologia, a doença, a morte, a resistência, o sonho.
É um livro, portanto, para quem deseja conhecer melhor a história e a obra de Cazuza, mas também para todos os amantes da canção popular brasileira de modo geral. Sobretudo, é um livro para quem percebe a urgência de lembrarmos de Cazuza nos tempos de agora, de pensarmos Cazuza vivo, ajudando a mover a roda da nossa história.
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